quinta-feira, 25 de abril de 2013

SANGRANDO...


Às vezes, um homem sangra...
E como um bicho, um animal por natureza, fica quieto, amuadinho em um canto escuro qualquer e longe dos olhares de quem sempre o viu feliz!
Hoje, posso dizer a todo mundo que a 'menopáutica' de um homem também se configura pelas perdas ao longo de sua vida!
A simbologia da licença poética relacionada à menstruação feminina permeia o ciclo de perdas de sangue e tecidos mortos do endométrio uterino como uma frustação da Natureza pela impossibilidade da fertilidade. E a cessação paulatina desse fenômeno, característica de toda mulher acarreta mudanças significativas na vida de um homem que acompanha e se move no universo feminino como um companheiro nessa jornada!
O vermelho do sangue representa a vida fluindo em nossas veias. E, muitas vezes, sentimo-nos sangrando também, como seres humanos que somos, mas tendo a responsabilidade de compreender essa dor e aceitar o movimento de transformação gradual nas relações de convivência com o mundo feminino.
A menopáutica para mim também representa uma série de momentos interligados que evoluem progressivamente para o futuro de um casal.
O Homem necessita evoluir em suas relações com a Mulher!
Talvez, reflitindo melhor e dialogando melhor com o gênero feminino, tenhamos mais possibilidades de harmonizar nossa existência humana. 


"Quando eu soltar a minha voz por favor, entenda. Que palavras por palavras eis aqui uma pessoa se entregando. Coração na boca, peito aberto, vou sangrando. São as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando. 

Quando eu abrir a minha garganta, essa força tanta. Tudo que você ouvir, esteja certa que eu estarei vivendo.
Veja o brilho dos meus olhos e o tremor das minhas mãos. E o meu corpo tão suado, transbordando toda raça e emoção.
E se eu chorar e o sal molhar o meu sorriso. Não se espante, cante que o teu canto é minha força pra cantar.
Quando eu soltar a minha voz por favor entenda. 
Que é apenas o meu jeito viver. 
O que é amar" ...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pela fresta da janela...

"Aonde moro vejo o Sol nascer mais cedo...
Me acorda e me aquece com seus raios intrusos,
Invadindo pela fresta da janela...
Oh Terra Mãe!
Que nutre e protege com seu ventre quente a semente...
De um novo amanhecer"!!!

Lembro me de meus vinte e poucos anos ao reler esses versos!
Um amigo meu compos uma linda canção com essa letra e nunca mais pude esquecer...
A Natureza tinha um sentido especial para mim naquela época! Hoje, vejo a Natureza de um modo diferente! Acredito que mais fenomenológica e hipertextualizada pela complexidade de sua importância no mundo globalizado.
E nessa mesma vertente de reflexões simbólicas que parecem impregnar de naturalidade a temática do climatério feminino, especificamente do mundo feminino, sem interseções com o mundo masculino declino uma pesquisa científica para análise dialógica neste Blog.
A  Florida Agricultural and Mechanical University publicou ano passado uma pesquisa indicando que 50% dos casais com mais de sessenta e cinco anos faz sexo pelo menos uma vez por mês. 
Parece incrível, mas muitas pessoas acreditam que os idosos não tem condições de manter relações sexuais. Eles fazem, sim! Têm vontade e se masturbam. É preciso tirar o foco da beleza e valorizar os momentos das carícias Isso é a principal fonte de geradora de conflitos.
O problema reside no fato quando não compreendem que sua sexualidade mudou.
O sexólogo Dr. João Luis Borzino aleta "- As respostas sexuais humanas como o desejo, excitação, orgasmo e resolução se alteram com o passar da idade.
No homem, as taxas de testosterona diminuem e a prolactina aumenta. O homem necessita de mais estimulação genital para obter ereção, mais confiança e acolhimento da parceira para se sentir à vontade e ficar excitado.
A capacidade de conseguir várias ereções em períodos curtos diminuem, mas nada disso deveria prejudicar a vida a dois.
A mulher entra na senectude, não menstrua mais  e não produza hormônios responsáveis pela macies da pele e dos cabelos.
Acontece também o trofismo sexual que muda a textura vaginal e pode comprometer a lubrificação da vagina.
Tudo faz com que a idosa não se sinta mais atraente e tenha seus impulsos sexuais reduzidos.
O que é possível fazer ao tomar consciência desse tsunami da Natureza Viva em seu corpo?
A resiliência pragmática não me parece tão valiosa nessa hora!
Viver o melhor da vida, sim!
Compreender a Natureza do corpo da mulher e do homem a  partir do cuidado e da responsabilidade  nas relações entre os gêneros masculino e feminino.
Caminhar para a aceitação das mudanças na sexualidade.
Uma boa orientação profissional médica de especialização em sexologia pode propiciar uma vida sexual ativa e feliz ao casal.
Além disso, quebrando a rotina do marasmo diário, o silêncio sepucral em casa ou até mesmo a falta de sinceridade e cumplicidade haverá mais chances para buscar a felicidade em conjunto.
Já que o sexo reside mesmo na cabeça da gente, o melhor a fazer é entregar-se ao deleite do prazer. 
Brincar com isso é sempre saudável. A oralidade na sexualidade é um passo para traçar possibilidades de jogos eróticos incríveis para o casal! E isso pode ser tão ou mais importante quanto fazer sexo!
Manter uma rede social ativa e energizante. Nunca deixar de sair para dançar com amigos e amigas, celebrar os melhores momentos da vida, fortalecendo as relações promove a autoestima e autoimagem.
Toda mulher adora se sentir bem amada e desejada! E, diga-se de passagem, eu também...




terça-feira, 9 de abril de 2013


Não consigo deixar de pensar na amplitude do horizonte ao observar essa imagem!
Para além do elogio à loucura que permeia o vazio do espaço, sem ninguém por perto, há o silêncio e imensidão do olhar de sentir-se livre e feliz!
E a liberdade, às vezes, parece curiosamente insana no mundo animal.
O que parece sem sentido para muitos é a verdadeira mudança necessária para a sobrevivência do SER VIVO. 
Não parece tão evidente aos olhos desatentos dos humanos que mesmo sendo espécies diferentes, esses pássaros, adaptaram suas necessidades e aprenderam juntos, compartilhando e interagindo em um espaço tão reduzido.


Aprendi uma lição: 
O cuidar bem de alguém é um caminho... e sem perceber algo manso e calmo toma conta da gente!



segunda-feira, 1 de abril de 2013


Nem sempre o caminho fácil é a uma opção válida nessa caminhada! 

São muitas as nuanças que envolvem esse momento histórico na vida de um homem.

Não basta apenas observar as manifestações biológicas pipocarem  no corpo do SER humano do sexo oposto, e tentar dialogar, conversar longamente, DR's após DR's, para enfim,  compreender e estabilizar uma intensa percepção de entendimento mútuo.

Muitas vezes, o que não se vê, nem o que não se ouve de uma mulher é exatamente aquilo que importa para seu  homem. Não que seja necessário negar-se a audição, ou deixar de vê-la em seu esplendor de DEUSA. Não, não é bem assim! Vale tudo isso, sim!

Mas o "homem menopáusico" necessita de leituras outras, além do que se explica convecionalmente para a nova situação que impõe uma crise psico-biológica na mulher!
Todo homem é convidado a ceder sua vez nesse jogo!
A mulher é desde sempre concessionária involuntária nesse jogo de SER a mulher de seu Homem.
Agora, no transcurso enciclopédico do climatério feminino é a vez do HOMEM abrir o seu jogo, e mostrar do que realmente é feito...
Gosto muito dessa imagem porque ela sugere uma beleza singela no primeiro plano, uma construção densa que se apresenta logo depois, e ao fundo, com a sutileza de um machado afiado, a dureza de uma monolito impávido colosso envolto languidamente por uma neblina!
Talvez, seja um modo especial de enxergar o alvo recrudescente do coração de todo homem!
Quem sabe?




Meu caminho, meu olhar...

Onde encontrar o caminho para harmonizar, envolver e educar os homens sobre as mulheres sem cair no sarcasmo machista ou determinista de sempre?

Essa passagem repleta de Ficus pumila  ilustra meu olhar impregnado de curiosidade, mistério e distância, longe ainda de soluções simples para compreender os conflitos das "menopáuticas" nas relações de gêneros.
Além do caminho...ainda há muito percurso pela frente!